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Prólogo : A Soma de todos os Medos
No silêncio da noite apenas um galopar se fazia ouvir, apressado. Objectivo, um castelo envelhecido pelo passar do tempo, no horizonte.
- Abri caminho para Isolda, a Senhora das Brumas e irmã do rei de Deva, Helioros. - ouviu-se gritar e logo um grupo de guardas se apressou a baixar a ponte levadiça.
- Boas noites, minha senhora. Que a traz aqui a meio da noite? - perguntou um dos guardas.- Necessito de falar com meu irmão Helioros, urgentemente. - responde bruscamente
- Mas....senhora, ele está a dormir.
- Imediatamente! - grita Isolda
Um alvoroço assolou o castelo e logo a lguém se apressou a informar Isolda.
- Senhora...o rei vai recebê-la na biblioteca.
Como uma lufada de vento para lá dirigiu-se.
- Irmã! Que bom ver-te! - diz um homem que apareceu à porta da biblioteca - Por me mandaste acordar a esta hora?
- Não há tempo para explicações, Helioros, vem comigo. - responde, enquanto o puxava para um canto.
Preocupado Helioros pergunta:
- Que se passa minha irmã? Deixas-me preocupado.
- Deva corre perigo.
- Quê? - grita Helioros
- Uma das minhas noviças revelou-me a pior das profecias - diz Isolda, num tom preocupado.
- Mas qual, minha irmã?
- Oroboros regressou.
Helioros saltou da cadeira, sabia quem era e mostrava-se visivelmente preocupado.
- Não! - soltou um grito
- Sim, Jamanta reanimou-o mas ainda há uma esperança. A profecia não é só isto. Se bem me lembro era assim:
A Soma de todos os Medos
Deva a "Beleza Celeste" vai assolar
Mas com o atravessar dos tempos
Espada e Rosa tornar-se-ão a juntar
Juntarão mal e bem
Os dois lados da moeda vão-se encontrar
A pedra tornará a existir
O Sol do Mundo vai de novo brilhar
- Sim, mas que devemos fazer? - pergunta Helioros
- Não me ouviste? Tens de desfazer a pedra e ir comigo para o mundo dos mortais. Leva Zuruastra contigo. As nossas gerações gerarão aqueles que trarão de novo paz a Deva, agora desfaz a pedra por favor. - profere Isolda
- Mas...
- Fá-lo. - conclui
Quem nessa noite estivesse acordado veria um raio de luz que, subindo no céu, se desfragmentou no céu em pequenos raios, que tomaram diferentes direcções e desapareceram. E dois pares de asas, que juntas, voaram para o horizonte.
(continua)
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