segunda-feira, março 07, 2005

Sem título (infelizmente ainda)

Capítulo 1: A Falésia da Morte




- Não vá tão depressa, menino. Olhe que se perde. - grita um cavaleiro, tentando alcançar um rapazinho que, no seu cavalo, corria veloz como o vento.
- Não há problema, Galius. Eu conheço esta zona. - responde-lhe, com um leve tom de mentira, o rapazinho.
- Sirius, os reis...os seus pais vão ficar muito zangados. Eh! SIRIUS! - grita o cavaleiro Galius.

Era tarde de mais. Sirius desaparecera por entre as árvores. Perdera-se. Em vão tentou Galius encontrar Sirius e vice-versa.Verificando que estava mesmo perdido, Sirius decidiu avançar. Cavalgando ao longo da floresta onde entrou, chegou junto da costa. Pansou ele: "Sou filho do Rei Argus de Zuruastra e já tenho oito anos, não posso ter medo!".
Ouviu vozes. Trepando a uma árvore avistou uma falésia. Vultos brancos moviam-se junto a uma grande pedra que parecia um altar. Mudando para uma árvore mais próxima reparou que eram várias mulheres vestidas de branco e que o supodto altar parecia uma cama de flores. As mulheres dançavam á vlota com tal graciosidade e beleza que pareciam que voavam. "Bruxas" pensou Sirius, sentindo um arrepio na espinha pois na corte eram odiadas.
Já decidido a ir-se embora, olhou em vlota e subitamente viu uma menina da sua idade, vestida de branco até aos pés e ornada com flores ser levada por duas mulheres até ao altar. Sirius nunca vira nada assim.Morena, cabelo castanho quase preto e de olhar profundo acastanhado. Era a rapariga mais bonita que alguma vira.Como que petrificado ficou a observar. Deitaram a menina no altar cuidadosamente. Amedrontada, perguntou a uma das mulheres:
- Vai acontecer-me alguma coisa de mal?
- Não querida, tem calma - respondeu-lhe calmamente para a sossegar.
Por breves momentos Sirius pensou que aquele altar era para sacríficios, querendo salvar a menina. Mas, de súbito, uma senhora idosa, vestida também ela de branco com um bastão na sua mão direita acercou-se do altar e ele pensou que era melhor ficar e observar.
- Selena, sangue e magia da grande rosa, iniciarás aqui tua aprendizagem como feiticeira. Abre as portas do teu coração! - proferiu a senhora idosa
A menina, que agora Sirius sabia que chamava Selena, tentou responder mas desmaiou. Do seu peito saiu uma pequena bola de luz que a velha puxou para junto de si. Examinando-a por momentos, depressa voltou a colocá-la em Selena. Quando esta acordou, a velha disse-lhe:
- Selena, de coração puro e verdadeiro, possuis a magia da lua e a alma de um tigre. És a justa mestra do crescente lunar. Tua guardiã será Sphinx.
Dizendo isto um clarão formou-se acima do altar. Um colar com um pequeno crescente de prata apareceu juntamente com um pequeno animal, em tudo semelhante a um tigre-das-neves, só que tinha marcado acima dos olhos um crescente lunar e possuía asas. Pousando suavemente junto de Selena, ronronou. A esta altura já Sirius estava paralizado com o espanto.
- Selena, põe este colar! - disse, sossegando Selena, a velha - Será o símbolo da tua magia. És agora mestra da lua e não sabes o poder que possuis. Aprenderás a controlar-te e à tua magia. Junta-te a Sphinx e ficarás protegida.
Sirius nunca vira nada assim e maravilhado com o que acabara de ver permaneceu naquela árvore, a observar. Foi então que se ouviu um estrondo e um raio de luz apareceu na zona do mar. A anciã virou-se para Selena.
- Vem comigo Selena e traz Sphinx. Visitarás pela primeira vez Deva, o mundo mágico mas muito perigoso.
Dito isto acercou-se da beira da falésia com Selena e Sphinx a seu lado.
- Salta Selena. - disse, tentando acalmar Selena - Sphinx seguir-te-á.
- Tenho medo - respondeu Selena
- Não tenhas, querida. Salta. - terminou a Anciã
E as duas saltaram para o vazio da falésia. Com o susto, Sirius oercebeu que aquela era a Falésia da Morte de que tanto se falava na corte. Julgava que perdera Selena.
(continua)