terça-feira, agosto 30, 2005

Finalmente com contador de visitas!

Consegui finalmente um contador de visitas!
Vamos a ver quantas almas andam a vaguear por aqui!
Vamos!




E COMENTEM! (por favor!)
(só sabendo a vossa opinião é k eu posso melhorar)

segunda-feira, agosto 29, 2005

Ser de Sagitário

(este poema é uma brincadeira\crítica á minha personalidade - e sim, sou mesmo sagitariana e com Orgulho)

Aventureiro destemido (mas trapalhão)
Menino do ar, de rua (mesmo aos 65 anos)
Sonha mais alto que as nuvens (que o universo mais propriamente)
O seu mundo é a lua (e marte, e vénus, e plutão,...., enfim tudo menos a terra)

Metade homem, metade animal (que andam sempre a guerrear uma com a outra)
Ser que não possui qualquer mal (excepto o ter partido a jarra da mãe e não lhe ter dito)
Quer transcender-se, ser maior (sem saber que quanto mais alto se está maior é a queda)
Dos homens, o melhor (Fanfarronice 4ever)

quarta-feira, agosto 24, 2005

O Menino da Lua e O Pastor de Estrelas


Nota: Este é o conto de que mais me orgulho ter escrito e foi o que deu o nome ao blog. Espero que gostem.



- Mãe, olha a lua tão bonita! Posso ir lá ter?
- Não, meu querido. Só quem tem muito dinheiro. - respondia logo minha mãe
- Oh Mãe! Olha que lindo poema eu fiz para a lua!
- Estuda. Não faças essas parvoíces! - já era a resposta de minha mãe nos meus tempos de primária.
- Mãe! Vê a nota que a "stôra" de português me deu pela composição sobre a lua!
- Devias estar a estudar matemática. Não sejas cabeça-na-lua, cai na realidade. Estuda! - desesperava já minha mãe, vendo-me a escrever poemas e contos em vez de equações e gráficos, já no secundário.
Mas não conseguia evitar. Letras, palavras, frases, parágrafos, textos...uma pequena ribeira, depois um rio, a seguir um mar e por fim um oceano. Um oceano de mundos , cores, lugares, pessoas...um oceano de sonhos. Gostava de imaginar, de sonhar...
E assim fui crescendo.
Nos meus quinze anos encontrei, uma noite, um velho sentado num banco de jardim. Silencioso, olhava as estrelas e mexia os lábios como se lhes falasse. Curioso, aproximei-me dele e, a medo, perguntei:
- Que está a fazer?
- Estou a juntar as estrelas. - calmamente respondeu
- Como é isso possível? - a curiosidade tinha-se apoderado de mim.
- Chamo-as pelo nome - continuou o velho - Elas conhecem-me, sou o seu pastor.
- Quê?
- Sou pastor de estrelas. - afirmou o velho
Parte de mim dizia-me que ele era um louco e que me devia afastar. Já a outra parte, (quase de certeza a de menino sonhador) lá no fundo, acreditava nele e queria continuar a conversa. A segunda ganhou.
- Mas essa profissão não existe. E as estrelas não são como ovelhas... - disse eu, ainda mais curioso
- São-o no teu mundo mais precioso se assim o quiseres. - sossegava-me o velho - Basta quereres.
- Mas que mundo?
- O da tua imaginação, o dos teus sonhos.
- Mas é um mundo irreal, não existe. Minha mãe diz-me que devo ter sempre os pés bem assentes na terra e não andar a imaginar coisas. - disse, muito desconsolado pois era precisamente o que eu não queria admitir. Gostava do mundo dos sonhos. Gostava muito de sonhar, ainda que tudo o que sonhava não fosse verdade.
- Sabes, fui guarda nocturno por muitos anos. É dura a realidade de estar sozinho durante longas horas, a meio da noite. Foi aí que saí do duro e frio mundo da realidade para partir á descoberta do doce mundo da imaginação. E foi aí que achei a minha segunda profissão, a de pastor de estrelas. - contou-me o velho que , vislumbrando o céu, murmurou mais algumas palavras.
- Mas ninguém, nas pessoas que conheço, quer admitir esse mundo , só eu! - ripostei
- Nesse caso sonha para ti. Escrever ajuda um pouco a deixares a tua imaginação voar. Mas sobretudo sonha. - disse-me o velho - Não deixes de sonhar!
Já interessado ganhei confiança e perguntei-lhe:
- Há alguém a vigiar a lua?
- Olha que não. Gostarias de o fazer? - respondeu-me
- Pois sim. Ela sempre me fascinou! Parece uma bolacha a flutuar no meio do céu. É mágica, penso eu.
- Então, todas as noites, da janela do teu quarto, olha para a lua e fala com ela. Precisa de companhia....
E assim passei a menino da lua. Sem falta, todas as noites, olhava para a lua e falava-lhe. Contava-lhe histórias que ia inventando, recitava-lhe poesia, fazia-lhe confidências...a lua era a minha amiga. Não sei bem como, gradualmente as contas de matemática e outras ciências desapareceram do meu mundo. Restaram as disciplinas dos sonhos como o Português. Dediquei à lua poemas, textos banais que escrevia ou histórias saídas da minha imaginação fértil alimentada constantemente pelas mais diversas situações. Tudo me inspirava e inspira. O meu mundo expandiu-se, agora grita fortemente pelo direito à afirmação de um mundo que é das crianças por excelência. O mundo dos sonhos e da imaginação. Aquele mundo em que não se sabe distinguir entre o que é real e o que é fantasia pois a linha que separa os dois reinos é ténue, fraca. Não sinto vergonha alguma de viver neste mundo. Afinal, que mal tem ser sonhador? Sentado nesta secretária, olho as pilhas de escritos meus. Abro a janela e miro a minha lua, é de noite. Sou um fazedor de sonhos, sou o menino da lua e sobretudo sou....escritor.