segunda-feira, novembro 28, 2005

Á Noite




(gosto desta visão........ Cátia, amiga verdadeira e incansável este é para ti =D)


Á noite foge o gato preto
Rindo-se nas sombras dos mortais
Á socapa, junto dos que dormem
Pesadelos e sonhos lutam.

Lutam por um lugar na mente
Dos inocentes, dos culpados
São as grandes potências
Do mundo da ilusão

Também guerreiam, também se ferem
Donde julgam que proveêm os sonhos partidos?
Pois é, é que eles não têm hospitais....

Quadro



(uma verdade estúpida, insensível....ai Filosofia em k é k me andas a pôr a pensar...)

Uma pincelada de branco
Cerdas percorrendo o céu
Criam o sonho no mundo azul
Branco puro, diferente.

Nasce uma pomba, animal frágil
No meio do quadro incompleto
O Pintor acrescenta-lhe um sol
Que ilumina o frágil ser

Traz qualquer coisa no bico
A pomba, uma pincelada de verde
Ah sim, um ramo de aveleira
Símbolo de pureza, a magnifica graça

Mas o pintor solta uma lágrima
Custa-lhe pintar a verdade
Entre trémulas pinceladas
Surge algo na folhagem rasteira

Algo verde ergue-se na erva
Surge uma arma, um caçador
Este dispara uma só vez
A pomba cai, morre.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Carta de Despedida




(para o meu avô, k está à minha espera - já lá vão quase 10 anos- somewhere...não me sinto triste cm a morte dele, quer dizer, faz-me falta, mas ainda o sinto, no meu coração....)

Fechaste o olhos
Para sempre nesta vida
Num momento foste
Para a maior viagem

Deixaste memória
Legado, conhecimento
Apagou-se o teu sol
Veio a noite escura

Vais para outro mundo
Intercede por mim a "Deus"
Até já, que a vida é um segundo
Avô, amante da vida, adeus.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Folha




(mais um k veio de uma aula de Filosofia =) )

Folha de papel limpa
Fonte de sonhos ou horrores
Dependendo do teu senhor
E do uso que ele te dá

Quando a tinta corre em ti
Podes decretar vida e morte
Poesia, Sentenças ou tratados
de guerra ou paz, conforme a ocasião.

Uma assinatura em ti dá-te poder
Podes gerar sorrisos ou lágrimas
Ser mais preciosa que um diamante
E mais difundida que, bem....tudo

És amada por poetas e escritores
Abusada por tribunais (quem diria?)
És senhora das artes da escrita
És pastora dos comuns mortais.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Fogo




(eu sou assim =) - quem mais se identifica cm este poema? eu sei uma pessoa, pipinha este também é te dedicado - Encontram-na aqui)

Arde um fogo eterno
Na alma do curioso
Fogo vivo, impiedoso
Chama ardente, imortal

Labaredas de água
Inundação de saber
Fome de verdade
Sede de conhecimento

Arde, coração insatisfeito
Chama do tamanho do Mundo
Fogo que nunca acaba
Mergulho no saber profundo

quarta-feira, novembro 16, 2005

Chuva




(dedicado a uma romântica incurável - Ana (Blog dela) - k encontres rapidamente o teu príncipe encantado miga)


Chove, não me importo
A chuva faz-me sentir viva
Molhar-me, dançar à chuva
Ser criança, sujar-me

E sentir a dádiva do céu
Como um doce sagrado,
Num beijo molhado...

quinta-feira, novembro 10, 2005

Gelo que Arde




(A quem já apeteceu gritar assim?)

Não, por favor não me deixes
Afogar no mar da sociedade
Amigo, só deixarei de lutar
Quando puder gritar: "Liberdade!"

Sinto um pulsar em mim
Sede de ar, fome de terra
Larga-me, sociedade impiedosa
Amo o amor, não a guerra

Largo hoje mesmo as correntes
Dum patrotismo de carne
Vou, o meu coração sente
Liberdade, um gelo que arde.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Alice




Treme-lhe o corpo, o coração galopa
As veias tensas como bordões de um piano
Encafuada com a irmã, Alice
Veêm-se num comboio escuro

Ainda nem cinco anos tinha
E já a cabeça lhe doía
Dos duros golpes sofridos
Que nem chorar em paz podia

Os pais, sabe-se lá aonde
Provavelmente num vagão para adultos
Largam uma lágrima, um rio
Que lhes desagua no coração ferido

A irmã cantava-lhe baixinho
Estórias de fadas e magia
Adormeceram as duas de mãos dadas
No chão frio de carvalho carunchoso

segunda-feira, novembro 07, 2005

Vermelho Sangue



(na linha da dança - vamos viajar com o pensamento para Espanha..... vêm comigo?)

Escuro, holofotes vermelhos
Astmosfera tensa de sangue
Os lentos dedilhares da viola
Aceleram, começa a festa

Aparece primeiro a dançarina
Bela, entre os laivos de vermelho
As mãos, as suadas mãos
Marcam o compasso frenético

Vem o homem, negrume da noite
A Bela retrai-se para um canto
Os tacões dos dois ressoam
O sangue aquece ao rubro

Negrume da noite, querendo impressionar
Oferece a Bela uma rosa vermelha
Ela acerca-se lenta, a medo
Aceita o presente e deixa-se ir

A dança aquece, rodopiam
A viola larga notas de fogo
Vermelho e preto misturam-se
Negrume e Bela são só um

Rodopiam nos braços um do outro
A música pára. Ouvem-se palmas.
E vermelho e preto enrolados
Soltam um quente e terno beijo.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Uma ajudinha a uma amiga.....



Pois é! Resolvi-me a pedir-vos para visitarem o blog de uma amiga e o comentarem também (apenas se quiserem). Ela também escreve muito bem, pode ser um bocado inconstante nos textos é verdade mas acho que só precisa de um empurrãozito para deixar definitivamente de "escrever pá gaveta".
O Blog é o www.comonuvens.blogspot.com.
Então, ajudam-me? =)


Agradeço desde já aos que lá forem. (E obrigada também pelos comentários que aqui me deixam, obrigada por gostarem do que aqui escrevo)

Bjks pa todos
Susana